segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Oficina 1 – TP1 (linguagem e cultura) – Unidade 2.

GESTAR I I – Língua Portuguesa – Santa Izabel do Pará
Formadora: Plácida Cristina santos Barros
11º Encontro Presencial: 29 – 09 – 09 - 4 horas
Oficina 1 – TP1 (linguagem e cultura) – Unidade 2.


No dia 29.09.09, iniciamos o TP1 (linguagem e cultura) trabalhamos a oficina 1 da unidade 2 (variantes lingüística desfazendo equívocos). O encontro ocorreu na Escola Guilherme Mártires, em Santa Izabel do Pará, no horário de 13: 00 às 17: 00 horas.
Iniciamos com uma conversa sobre o 2º encontro de capacitação do formador, em que eu (Plácida) participei nos dias 14 a 18 de setembro em Belém na Escola do Governo. Reforcei sobre o projeto, as atividades que foram desenvolvidas e que alguns cursistas não fizeram, seja porque não quiseram ou por forças maiores, novamente frisei sobre a importância do curso GESTAR II para a formação dos professores que aderiram a ele, pois é um curso que lhes proporcionam um grande suporte em estratégias, metodologias e um bom conteúdo que completam ou reforçam o currículo escolar.
no momento seguinte fazemos um breve comentário sobre os tópicos das seções, pois eram assuntos de fácil compreensão. Em seguida fizemos a troca de experiência dos avançados na prática. Infelizmente nem todos os professores desenvolveram a atividade em tempo hábil, mas prometeram fazer e entregar no encontro seguinte.
Foram feitos três grupos, todos trabalharam com a unidade 1: Variantes lingüísticas: dialetos e registros. Sendo que o 1º grupo ficou com a seção 1: As inter-relações entre língua. Uma das professoras trabalhou a atividade em dupla. segundo ela para aumentar o grau de dificuldade.
Com este avançando na prática pode-se trabalhar a leitura dramática do texto “Retrato de Velho”. A tonalidade da voz. A troca de discurso da escrita para a fala e vice-versa, a utilização dos elementos estilísticos na escrita e a entonação no discurso oral.
O grupo 2 ficou com a seção 2: os dialetos do Português. Nesta atividade os alunos desenvolveram um dicionário com as palavras que eles usam como gírias, jargões e etc. Além deles reunirem as palavras eles teriam que dá o significado de cada uma. As professoras fizeram algumas citações de como os alunos chegam a falar com elas em sala de aula, como: “- E aí prof qual é a parada hoje?” “Então coroa o que vai rolar hoje?” “Manda brasa prof”. Uma das cursistas disse que às vezes responde com naturalidade as perguntas, como: “-Olha a parada de hoje é a seguinte...”. E o grupo 3 ficou com a seção 3: Os registros do Português, neste avançando na prática trabalhou-se dramatizações, linguagem verbal e não verbal, interpretação e etc.
Todos os cursistas admitiram que houve pontos negativos dentre eles erros ortográficos, caligrafia, pontuação, mas nada que comprometesse por completo o trabalho. Pois são problemas comuns que eles tentam resolver ao longo do processo educacional. Como podemos notar há também pontos positivos, já que os alunos cooperaram produzindo os textos, dramatizando-os, enfim, tiveram uma ótima participação.
No momento seguinte trabalhamos com o desenvolvimento das atividades proposta em torno da crônica “A outra senhora” de Carlos Drummond de Andrade, pelo GESTAR II, TP1 (linguagem e cultura) p. 169 – 171.
Essa atividade foi desenvolvida em grupos. A turma foi dividida em 4 grupos. Eles teriam que ler o texto, discutir e responder às questões propostas pelo GESTAR II. Após a análise e discussão o grupo teria que escolher um relator, para apresentar as posições do grupo, no momento da discussão em conjunto.
Durante a exposição houveram respostas diferentes, pois cada grupo tinha sua posição a respeito do “tema” mas todos justificaram suas respostas. As questões estão em anexo.
No momento seguinte foi feito a avaliação da oficina. Os cursistas consideraram que o texto “A outra senhora” é riquíssimo em termos de análise, as perguntas bem estruturadas, a proposta é ideal para a série, quando as demais séries deveriam haver uma adaptação devido ao nível de compreensão, mas nada que comprometa a proposta apresentada.
Quanto aos demais foi uma oficina muito boa que requereu um tempo considerável, maior do que eu esperava, mas que mostrou que os cursistas envolvem-se com a atividade e procuram aproveitar o máximo dela, atingindo assim meus objetivos referentes a oficina.
Sem mais terminamos mais um encontro presencial, o 11º, ocorrendo tudo nos conformes.
Santa Izabel do Pará 29.09.2009




Anexos
Atividade do Gestar II - Oficina 1 – Unidade 2
RESPOSTAS DAS QUESTÕES REFERENTES A CRÔNICA “A OUTRA SENHORA” DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.


GRUPO 1: Ana Maria Andrade, Jamira Helena , Maria Valdineide , Selma da Silva.

A- Não, por ter empregado uma linguagem que não dominava termos técnicos.
B- Ela inicia com um tratamento mais respeitoso, mais formal e termina com um mais informal, mais intimo.
Com relação aos presentes. Inicia com intenção de presenteá-la com presentes sofisticados e passa para presentes mais comuns a realidade dela e finaliza com um gesto de carinho.
C- a- Dialeto popular/ Gírias
b- Que dominava os dois tipos de linguagem.
D- Que trata-se de uma criança que não domina a linguagem utilizada na escrita.
E- Sim.
F- Não linha 4 e 5 do 1º parágrafo “...lia as revistas pensei em dar a senhora um radiofone Hi. Fi.”
G- Não, persuadir o leitor.
H- Que a linguagem de criança precisa estar associada a linguagem do mundo fora do lar e da sala de aula.
I- O papel da mulher na sociedade enquanto mãe e mulher/ a critica social a pobreza.
J- A força da mulher enquanto mãe.
K- a- Para cada momento, ela adequou uma linguagem.
b- Utilizou uma linguagem formal e ao mesmo tempo informal quando empregou uma linguagem livre expressividade.
L- Sim, porque permitiu uma reflexão sobre questões sociais, o mundo letrado que existe fora da sala de aula, necessidades essenciais a serem trabalhadas em sala de aula para a apropriação da escrita.

Grupo 2: Odinéia Fernandes, Antonia Viana,Márcia Moraes,Maria Luiza.

Estudo do Texto A outra Senhora
Sim, pois apesar de a criança usar a linguagem técnica, utiliza expressões próprias de criança.
A- No primeiro momento fala de coisas antigas, depois fala de coisas mais atuais. Com relação ao tratamento, não houve mudança, pois é o mesmo do inicio ao fim.
B- Além do dialeto da criança, o texto mostra outros níveis como o formal, o informal e o técnico, cuja intenção era: o formal era demonstrar o respeito, o informal era mostrar a maneira de se expressar no seu dia-a-dia, já o técnico mostra a descrição dos produtos utilizados na resta e nas vitrines.
C- De reflexão sobre a utilização dos níveis de linguagem, em que crônica mostra que é possível num único texto utilizar vários níveis.
D- Sim.
E- Não, porque a linguagem utilizada e rebuçada, não condiz com o falar de uma criança. Ela apenas repete o que viu na revista.
F- Não. A intenção da linguagem técnica é apenas de informar sobre determinado produto, bem como o poder da persuasão.
G- Mostrar que um individuo pode usar vários níveis de linguagem no texto.
H- A criança utiliza a linguagem técnica que não com diz com sua idéia, além da técnica, usa também a formal.
I- Da figura materna.
J- Chegamos a conclusão que é bastante interessante esta mistura dos níveis de linguagem para o enriquecimento do texto, e a estrutura que o mesmo esta inserido.
K- A crônica é ótima, pois, mostra as variações dos níveis de linguagem.

Grupo 3: Claudilene Barbosa, Fernanda Silva e Ivaneide Ferreira.

Estudo da crônica A outra senhora de Carlos Drummond de Andrade
a) e b) Há uma evolução, nós pensávamos que era um adulto “a outra senhora “ no entanto, mais adiante tem um subtítulo “ A garotinha fez uma redação no ginásio” que nos mostra que é uma criança seria a responsável pela escrita. E apesar de ser uma criança a linguagem parece ser de um adulto por ter muito conhecimento da linguagem técnica de eletrodomésticos.
c)a- A linguagem técnica, observe os exemplos: “o radiofone Hi – Fi de bom estereofônico...”, “multirreaciónario”; o coloquial: “me virei”, “mammy” e culta: “desejo-lhe”.
b- A intenção do uso de uma linguagem técnica onde uma criança não compreenderia de fato esses dialetos, achamos que essas palavras defere ao titulo.
d) Nós leitores observarmos que caso nós desconhecemos as variedades de linguagem dentro do texto, ficaremos alheios há uma linguagem técnica que não conseguimos compreender e a outra típica coloquial livre e colorida.
e) Há realmente pontuação inadequada. Veja nos exemplos a seguir: “Sr. sabe”, “Pensei em dar a Sr” “Mammy! Grilei”. Entendemos que o autor não usou a pontuação corretamente de forma proposital por se tratar de uma criança que ainda não sabe as regras da língua.
f) Sim, a criança domina o vocabulário técnico, um exemplo é quando ela descreve os produtos: “liquidificador de 3 velocidades”, máquina de lavar com tambor rotativo.
g) Não. Não dominamos esse vocabulário. Nas propagandas a intenção de linguagem técnica é colaborar na persuasão ao cliente para comprar o produto. Usa-se a linguagem apelativa e a técnica é somente para informar o ciente.
h) a intenção do autor é confundir o leitor para que ele possa pensar que é realmente uma criança que esta escrevendo.
i) e j) As duas criticas bem evidentes que Drummond nos passa é exagero que as pessoas vão ao shopping comprar presentes supérfluos, onde as mães precisam de amor, carinho, dedicação, sendo esta uma valorização mostrada no texto: O amor e afeto a mãe. Já a outra critica é a mistura de linguagens técnicas e coloquial.
k) a- e b- há uma mistura de gêneros. É uma crônica sim, mas percebe-se que é uma carta familiar, pois há uma linguagem coloquial: me virei - ; culta: desejo-lhe e a técnica falando dos eletrodomésticos. Há, portanto, uma mistura das três linguagens que dá para entender.
É um texto literário. Estamos falando da crônica do modernista Carlos Drummond de Andrade que gosta dessa mesclagem de linguagens.
l) Drummond faz com que o leitor interprete, pense. Ele não da nada pronto. Olha o titulo e o subtítulo e variações da linguagem acessível a qualquer leitor, seja criança, adulto.


Grupo 4: Dayane Cecim, Marcele Cunha, Natasha Fernandes, Soraya Feitosa.

Estudo da crônica A outra senhora de Carlos Drummond de Andrade
a) Não.
b) A linguagem culta e a linguagem técnica foram os outros dialetos evidentes na carta da criança. A intenção do uso desses dialetos é chamar a atenção e denotar que não se trata qualquer presente, mas de presentes modernos.
c) O efeito criado no leitor é de estranheza, confusão e ate mesmo surpresa. Haja vista que não é comum uma criança de ginásio escrever dessa forma.
d) Exclusivamente não, pois ao lermos o texto houve uma espécie de recorte de frases retiradas de vitrine e revistas. E a criança por não possuir o domínio das regras de pontuação não consegue as empregar corretamente.
e) Não, percebe-se isso nos trechos:”...talvez a Sra. adorasse o transito de 3 faixas de ondas e quatro pilhas de lanternas bem simplesinho, levava ele para a cozinha e se divertia enquanto faz comida(...)”, “(...) Só não comprei-o por que diz que esses negócios eletrodomésticos dão prazer só por uma semana, chateação o resto do mês(...)”
f) Não dominamos este vocabulário técnico. A intenção é impressionar o leitor com os supostos bons presentes que daria a sua mãe.
g) O intuito do autor é mostrar o quanto as pessoas se iludem com termos técnicos( palavras desconhecidas, grandes.”bonitas”)
h) O autor deixa duas criticas bem evidentes que são: uma que o dia das mães é vista como uma data meramente comercial e outra é como as pessoas acabam se iludindo com termos técnicos.
i) No final de tudo o que fala mais auto é a afetividade, o sentimento”(...) não recebi nada e te ofereço este beijo bem beijado e carinhosão de tua filhinha Izabel”.
j) Como trata-se de uma criança ela acaba misturando a linguagem “culta, coloquial e técnica” fazendo usos momentâneos dessas linguagens. E sem nenhuma intenção a criança acaba criando uma crônica.
k) Gostamos por que há uma hibridização dos gêneros e isso é muito interessante. Alem das criticas serem bastante reflexivas.

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