sábado, 13 de junho de 2009

OFICINA 6 - UNIDADE 12-TP 3- "COMPOSIÇÃO:SALÁRIO MÍNIMO"


GESTAR II – Língua Portuguesa – Santa Izabel do Pará- PARÁ
4º Encontro presencial: 15/05/09 - Formadora – Plácida Cristina Santos Barros
Oficina 06 da unidade 12 –TP 3 - 04 horas

O 4º encontro presencial do GESTAR II- Língua Portuguesa, realizou-se na E.M.E. F. Guilherme Mártires no município de Santa Izabel do Pará, no dia 15/05/09 das 8:00 às 12:00 horas.
Iniciamos com algumas orientações e esclarecimentos a respeito da 1ª lição de cada do TP3, realizado pelos cursistas, pois houve “falhas” na execução das atividades do avançando na prática e também no relato da lição de casa, isto foi constatado após a verificação dos trabalhos dos cursistas e também de algumas dúvidas apresentadas por eles, principalmente depois do questionamento que fiz isso orientado pela monitora Tamar, que postou no seu blog. “www.discursoquesecruzam.blogspot.com” no dia 02/05/2009, ao qual continha algumas perguntas como: Como o professor selecionou a atividade para a turma? Quais os critérios? Quais as maiores dificuldades? Como foi feita a leitura com os alunos? E etc. Mediante isso, alguns cursistas reconheceram que suas atividades não estavam de acordo e prometeram rever para melhorar, o que me deixou muito tranqüila, porque não precisei apontar ninguém, eles mesmos vieram até mim para resolverem seus problemas.
No segundo momento fizemos uma reflexão em cima de uma mensagem eletrônica “A borboleta”, lida pelo cursista Fernanda, a mensagem continha o nascimento da borboleta onde um homem observava o grande esforço que ela fazia para sair do casulo e resolveu ajuda-la cortando a capa, mas infelizmente este seu ato prejudicou o corpo físico da borboleta, pois ela precisava passar aquele processo..., a discussão girou em torno disso, uns admitiam que o ser humano precisa passar por algumas fases na vida para poder ser feliz, incluindo nisso as dificuldades, os sofrimentos e experiências ou boas ou ruins e outros não concordavam, pois para eles os seres humanos não precisavam sofrer para ser feliz.
Após a reflexão sobre a mensagem, dividimos a turma em 3 grupos para o estudo dos textos referentes aos tipos textuais: “A tipologia textual na instrução de leitura e de produção de textos” (PRESTES, 2001, p. 115 – 133), “ O conhecimento prévio na leitura” (KLEIMAN, 1989, p. 13-27) e “Para entender o texto (Platão & Fiorin, p. 297-301). A dinâmica aconteceu com a discussão dos pontos principais nos grupos e após, o debate no grupão. Este momento foi muito importante, pois percebeu-se que alguns professores tinham dúvidas a respeito da tipologia e também alguns tabus foram quebrados, principalmente referente aos textos de que não há uma hegemonia de um determinado tipo, os tipos textuais (narração, descrição e dissertação) podem ocorrer num mesmo texto, e que apenas um prevalece, e ainda, compreenderam a diferença entre narração e descrição. Foram levantados os seguintes questionamentos: “ O professor só trás o tema para que o aluno desenvolva seu texto”, e muitas vezes o aluno não consegue desenvolver com precisão o seu texto. Aproveitar o “conhecimento de mundo que o aluno trás”. O professor deve levar “textos para exemplificar”, foi citado o exemplo dos processos seletivos (vestibular) que trazem pequenos textos referentes ao tema pedido, mas outra cursista criticou dizendo que as vezes muitos textos acabam inibindo os alunos por já trazerem nele muitas informações, que também seriam dos alunos, e que os examinadores proíbem as mesmas informações (cópia).
O quarto momento se deu pela divisão da turma em 4 grupos que fizeram que as mesmas atividades da lição de casa 2 do TP3, sendo que foram formados três grupos o 1º - formado com o avançando na prática da p. 109, jogo da descrição – seção1 – seqüências tipológicas: descrição e narração. O 2º - foi da seção 3: seqüências tipológicas: O tipo dissertativo, p. 124-125 da unidade 11, e o 3º - seção 3: A intertextualidade entre gêneros textuais da unidade 12 – p. 172-173. Os professores cursistas citaram como dificuldades: alunos retraídos, timidez na atividade oral para descrição de objetos para o grupão, falta de organização textual, clareza e objetividade, pontuação, ortografia, ausência de técnicas de leitura (formam bloqueios e dificuldades), alunos não gostam de revisar, reler seus textos para detectarem os erros, a falta de ônibus escolar (Zona Rural), fortes chuvas e etc. Mas apesar das dificuldades os professores também detectaram pontos positivos: a participação de todos os alunos, interesse pelas atividades, ampliação do conhecimento dos alunos através dos gêneros textuais, enfim, os objetivos foram alcançados, houve alunos que chamaram seus textos de “obra-prima”. Alguns cursistas sugeriram execução, treino e re-escritura para melhorar os textos e também a correção. Outros falaram da importância de tais atividades, pois os alunos gostam de atividades lúdicas, com isso há uma facilidade para repassar o conteúdo programático.
No quinto momento, novamente há a divisão em 4 grupos, tais grupos analisaram o texto da p. 195 do TP3, composição: O salário mínimo – (Jô Soares). Os 4 grupos foram enumerados através de sorteio, sendo que o 1 e 2 iriam enumerar argumentos para que o texto fosse considerado um exercício de redação escolar e o 3 e 4 deveriam enumerar argumentos que mostrassem não se tratar de um exercício escolar.
Segue em anexo as atividades realizadas pelos alunos (Atividades: Oficina 6 – Unidade 12 – TP3 (p. 194 – 196) de 15/05/09.
Após a discussão nos grupos, houve a socialização ao grupão a respeito de analise do texto, com um debate oral, os argumentos foram apresentados, uns contestavam outros firmavam suas teses, um exemplo foi no argumento de não ser um exercício escolar porque quem escreveu foi “Jô Soares”, outros discordavam desses motivos e assim por diante. Uns grupos associaram aos textos “pena de morte” e “agulha e a linha” fazendo comparações com o texto “composição: salário mínimo”. Os grupos citaram como gêneros textuais a anedota, a piada, redação escolar. E viu-se que o texto não é composto somente por uma tipologia, pois foi apresentando nele narração, descrição e dissertação, portanto não é homogênea.
A avaliação foi feita oralmente, os cursistas comentaram a importância deste curso, pois estão aprendendo muito já que os TPS possuem uma linguagem bem acessível à realidade escolar, mas lamentaram pelo tempo ser muito curto entre uma atividade e outra, mas ainda assim mostraram-se animados.
Por fim, fechamos o TP3 com uma grande bagagem de conhecimento e estratégias e levantamos uma análise sobre letramento que é o tema do próximo TP4 e assim encerramos o nosso encontro.

Santa Izabel do Pará, 15/05/09

ANEXOS

ATIVIDADES DA OFICINA 6 – UNIDADE 12 DO TP3 (P. 194-196)

# ENUMERAR ARGUMENTOS PARA QUE O TEXTO SEJA CONSIDERADO UM EXERCÍCIO ESCOLAR.
GRUPO I
Texto: Composição: salário mínimo (Jô Soares)
- O próprio material que é uma folha de caderno;
- Uso do referente evidenciado no uso do pronome “meu”;
- A referência à professora, ao recreio.
- O aluno associa seu conhecimento de mundo a experiência dos mais velhos de sua casa para criar seu argumento.
- Apelo do aluno para retribuição da nota;
- A correção dos erros feitos pela própria professora;

#Resolução da atividade da p. 196.
i) Podemos fazer uma comparação com o texto “a pena de morte”, pois ambos apresentam a mesma estrutura, no entanto, com argumentos diferentes. O texto de Jô tem um caráter humorístico, enquanto que o outro tem um caráter informativo;
ii) O gênero utilizado pelo autor é a anedota, ilustra diferenças na compreensão textual que vão além do que é lingüístico no texto. Então ele acaba utilizando um tom de forma humorística.
iii) O texto é predominantemente dissertativo, no entanto há trechos descritivos “O salário mínimo é tão pequenino que cabe até no meu bolso” e trechos narrativos “meu pai disse que uma vez um homem que era presidente falou que se ganhasse salário mínimo dava um tiro na cabeça(...)”. Então ele acaba usando a descrição e a narração como argumentos em sua tese.
Equipe: Ana Lúcia, Dayane, Natasha e Roseli.

GRUPO II
Analise do texto Composição: salário mínimo.
i) Outros textos que esse texto suscita são as de redação escolares de nossos alunos. Há de semelhança: a linguagem, o trabalho de formatação do texto, a superficialidade ao abordar o tema, é uma criança escrevendo. A diferença fica por conta da intencionalidade do autor ao ironizar por meio desse gênero a realidade social do salário mínimo.
ii) O gênero textual que serviu de base para o autor foi o gênero redação escolar, e Jô Soares escolhe esse gênero por permitir explorar o universo infantil, e a partir da pouca informação desse universo, ele se apropria para fazer uma crítica.
iii) O texto apresenta várias sequências tipológicas como a descrição “O salário mínimo é tão pequenino que cabe até no meu bolso”, a narração “ lá em casa falaram que esse salário mínimo não tem dinheiro pra comprar revólver”. Há ligeira predominância da narrativa que constitui seus principais argumentos.
Equipe: Domingos Bruno, Nazaré Pinto e Odinéia Fernandes.

# ENUMERAR ARGUMENTOS QUE MOSTREM NÃO SE TRATAR DE UM EXERCÍCIO ESCOLAR.

GRUPO III
Composição: salário mínimo (Jô Soares)
- A estrutura do texto é definida em pequenos parágrafos.
- O texto tem como objetivo específico uma critica social, citado no decorrer do texto.
- Possui uma visão bastante apurada em questões sociais, mais acentuada no 9º parágrafo.
- Apresenta várias tipologias (argumenta, narra, disserta, descreve).
- Organização cognitiva bem coerente.
- O autor não fugiu ao tema, iniciou e terminou falando do mesmo assunto.
Equipe: Antonia Viana, Maria Luiza, Maria Valdineide e Selma Lima.

GRUPO IV
Texto: Composição: salário mínimo (Jô Soares)
- Estrutura textual;
- Forma e escrita por um escritor de grande reconhecimento;
- Coerência textual;
- Crítica do início ao fim do texto;
- Há uma camuflação de que não foi uma criança quem escreveu apesar de:
- O autor utilizar uma linguagem coloquial de fácil entendimento;
- Família simples criticando e ao mesmo tempo ironizando “Salário mínimo pequenino”.
- Utiliza o humor.
- Correção de algumas palavras e o esquecimento de outras.
- É notável a crítica ao tema do texto.
Ainda em relação ao texto:
- O texto “salário mínimo” pode ser comparado ao texto “A agulha e a linha” de Machado de Assis; em que seria semelhante a crítica e diferente a estrutura.
- Serviu de base o tipo textual “a narração”, por se tratar de uma criança contando a sua visão dada pelo cerco familiar em relação ao que seria o salário mínimo. Acredita-se que este não tem uma visão clara do que seja salário mínimo. Com essa escolha o autor procurou mostrar a realidade socioeconômica de uma família de classe baixa. Além de utilizar-se de uma linguagem simples (coloquial).
- Nesse texto aparecem seqüencias tipológicas (dissertação, narração e descrição). Dessas predomina a dissertação, pois o autor faz uma crítica do início ao fim do texto para evidenciar o que seria um salário mínimo.
Equipe: Claudiene Barbosa, Cleonice Oliveira, Fernanda da Silva, Ivaneide Ferreira, Laíce Rosa e Márcia Moraes.

















4 comentários:

  1. OI Plácida! Acho legal vc colocar as atividades realizadas pelos cursistas durante a oficina no seu blog. Tb vou fazer assim. Acredito que seja uma forma de incentiva-los a participar de todas as atividades. Boa sorte por aí! Abraços, Renata.

    ResponderExcluir
  2. Oi Plácida. Também tenho feito assim o meu blog. Faço os relatórios e coloco as atividades do jeitinho que tu fizeste. Só agora é que achei o teu blog e gostei muito. Eu também sou do Pará, mas o destino me trouxe para Minas e me deu o Gestar de presente. Foi bom te encontrar. Abraços da Sílvia.

    ResponderExcluir
  3. Obrigada Sílvia gostaria de manter contato com vc, obrigada pelo comentário.

    ResponderExcluir
  4. obrigada tb Renata, um abraço pra vc também e boa sorte, bjs.

    ResponderExcluir